Conversa daqui, conversa dali, as amigas riam muito.
A raposa serviu uma suculenta sopa de carne em dois pratos rasos.
.
A raposa lambia os beiços e comeu tudo num instante.
A cegonha mal pôde molhar a ponta do bico, pois o prato era muito baixo.
A cegonha, muito educada, não se queixou e, no fim, disse:
– Domingo, darei um almoço em minha casa e gostaria da tua presença amiga.
– Ótimo! — respondeu a raposa. — Espero que tenhas gostado do jantar.
Despediram-se com beijinhos para cá e para lá.
No dia combinado, a cegonha serviu uma sopa que cheirava muito bem nuns vasos compridos, finos e cheios até metade.
A raposa não pôde comer nada, pois o seu focinho não entrava no vaso. A cegonha, enfiava o seu fino bico no gargalo do vaso e comia, comia e comia.
A raposa não pôde reclamar nada e foi para casa com fome e pensando que é bem verdade que nunca devemos fazer aos outros o que não gostávamos que nos fizessem a nós.