quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O Capuchinho Vermelho

.......... Era uma vez uma menina que vivia numa casinha perto da floresta.
O passatempo preferido da menina era apanhar flores para oferecer à mãe e à avó. A avó desta menina também vivia numa casa do outro lado da floresta. Para visitar a avó, a menina tinha que andar muito pois não podia atravessar a floresta a direito por causa de um lobo que lá vivia e que apanhava e comia todas as pessoas que por lá passavam.
Um dia, a mãe da menina chamou-a e disse-lhe que ela tinha de levar um lanche a casa da avó porque ela estava doente e não podia levantar-se.
A mãe avisou bem a menina para não entrar na floresta e não se demorar muito pelo caminho. A menina colocou a sua capa com um capuz vermelho, pegou no cesto do lanche e saiu para casa da avó.
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A meio do caminho pensou que seria bom levar um raminho de flores à avó para a alegrar. Viu umas bem bonitas no caminho na orla da floresta e começou a apanhá-las.
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De repente, junto de uma árvore lá mais adiante, viu umas flores amarelas que ela nunca tinha visto. Para apanhá-las tinha que entrar um bocadinho na floresta mas pensou que se aparecesse alguém, ela teria tempo de fugir. Entusiasmada com as flores, nem reparou que já tinha entrado demasiado na floresta e que as árvores e arbustos não a deixavam encontrar o caminho de volta.
Quando procurava a estrada por onde tinha ido, sentiu alguém atrás dela. Voltou-se e deu com o focinho do lobo mesmo encostado a ela. O lobo estava já a pensar que tinha encontrado um belo petisco para aquele dia mas resolveu conversar um pouco com a menina antes de a comer. Perguntou-lhe onde ia e quando ouviu dizer que ela ia visitar a avó ficou todo contente e começou a pensar na maneira de comer as duas.
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Sugeriu à menina divertirem-se um bocadinho e fazerem uma corrida até casa da avó. A menina começou a pensar que o lobo, afinal, não era tão mau como se dizia e aceitou fazer a corrida com ele.
Partiram os dois e o lobo, que conhecia muito bem todos os caminhos da floresta, foi por um atalho e chegou rapidamente a casa da avozinha. Bateu à porta e disfarçou a voz para fingir que era a menina. Quando entrou, foi logo para o quarto da avó que ficou muito assustada e desatou aos gritos.
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O lobo abriu a boca e engoliu a avó de uma só vez. Depois, vestiu uma das camisas de dormir da avó, pôs uma touca na cabeça e deitou-se na cama à espera que a menina chegasse para comer a sobremesa.

Quando a menina chegou, bateu à porta pensando que tinha ganho a corrida. O lobo mandou-a entrar fazendo uma voz fininha para fingir que era a avó. A menina ficou admirada por ver a avó com um aspecto tão diferente do habitual e pensou que ela devia estar mesmo muito doente. Perguntou-lhe porque tinha uns olhos tão grandes e o lobo respondeu, sempre disfarçando a voz, que era para ver melhor a sua querida netinha.
.Depois, a menina perguntou porque tinha ela as orelhas tão grandes e o lobo respondeu que era para a ouvir melhor. Em seguida, a menina perguntou-lhe porque tinha ela a boca tão grande e o lobo, já sem disfarçar a voz, disse que era para a comer melhor e saltou da cama para fora para engolir também a menina.
Ela conseguiu sair a correr do quarto antes que o lobo a comesse e correu para a rua a gritar por socorro.
Um caçador que passava ali perto ouviu os gritos e correu para junto da casa da avó. Assim que viu o lobo quase a apanhar a menina, apontou-lhe a espingarda e disparou.
O lobo caiu no chão e a menina ouviu os gritos da avó que estava dentro da barriga do lobo comilão.
O caçador abriu a barriga do lobo com uma faca e a avozinha saiu lá de dentro muito contente por ainda estar viva.
Fizeram uma grande festa e comeram os três o belo lanche da avó.
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A partir desse dia toda a gente podia passear à vontade pela floresta, pois já não tinham que ter medo do malvado do lobo.

sábado, 16 de outubro de 2010

O BURRO E O CÃO

Um homem caminhava pela estrada conduzindo o seu burro de carga e acompanhado por um cachorro.
Em dado momento ele resolveu parar para descansar, e assim que se deitou o burro começou a pastar na erva que crescia viçosa naquele lugar, enquanto o cão ficou a olhar, apenas.

Passado algum tempo, o cão disse ao burro:
- A minha comida está dentro dessas cangalhas nas tuas costas, e por isso eu gostaria que te baixasses um pouco para que eu pudesse chegar-lhe.

A princípio o burro fingiu que não ouviu, mas depois de algum tempo, lá respondeu:
- Amigo cão, deves aprender a esperar e a ter paciência. Daqui a pouco o nosso dono vai acordar, e aí então ele cuidará de ti. Portanto, deixa-me pastar sossegado.

Nesse momento surgiu um lobo esfomeado e o burro, aflito, pediu ao cachorro que lhe acudisse. Mas o cão respondeu:
- Ouve o meu conselho, amigo: foge do lobo como puderes, porque o nosso dono virá acudir-te assim que acordar. Dá-lhe uns coices e parte-lhe os queixos, porque cada um deve aprender a defender-se sozinho.

Mas de pouco valeram essas palavras do cachorro, porque enquanto ele falava o lobo alcançou o burro e comeu-o.



Moral da história: Devemos estar sempre prontos para ajudar quem precisa da nossa ajuda.