quinta-feira, 10 de março de 2011
A Raposa e o Corvo
............... Era uma vez um corvo que tinha roubado um belo pedaço de queijo e segurando-o bem apertado no bico, levou-o para cima de uma árvore para poder jantar descansado.
Uma raposa sentiu o cheiro do belo queijinho, viu-o e pensou:
- Esta noite, se tudo correr bem, terei uma bela ceia à base de... queijo!
Sentou-se então debaixo da árvore, levantou o focinho em direcção ao corvo e num tom muito educado disse-lhe: -"Boa tarde, senhor corvo! Está mesmo em forma, e que belas penas luzidias tem. Tem patas fortes como ferro e o seu peito parece o de uma águia real!"
O corvo, todo contente, pôs-se a mostrar as suas penas negras e luzidias.
A raposa, entretanto, continuava a fazer-lhe elogios.
-"Senhor corvo, apesar de tudo, nunca tive o prazer de o ouvir cantar. Com certeza, a sua voz é bem mais linda que a de qualquer outra ave!"
O corvo estava feliz e vaidoso. Nunca lhe tinham elogiado a sua voz, diziam-lhe sempre que ouvi-lo era um suplício!
Assim, para se gabar, resolve cantar.
Abre o bico e... zás! O queijo cai-lhe do bico e entra directamente na boca da raposa.
Lambendo a boca satisfeita, a raposa regressa a casa, mas antes, rindo à gargalhada, virou-se para o corvo e disse: "Esteja atento senhor corvo! Da próxima vez que alguém o elogie, lembre-se que não deve abrir o bico!"
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
A Fada Oriana e o Peixe
....................... Cá fora a tarde estava maravilhosa e fresca.
A brisa dançava com as ervas dos campos. Ouviam-se pássaros a cantar. O ar parecia cheio de poeira de oiro.
Oriana foi pela floresta fora, correndo, dançando e voando, até chegar ao pé do rio. Era um rio pequenino e transparente, quase um regato e nas suas margens cresciam trevos, papoilas e margaridas.
Oriana sentou-se entre as ervas e as flores a ver correr a água. E ouviu uma voz que a chamava:- Oriana, Oriana.
A fada voltou-se e viu um peixe a saltar na areia.- Salva-me, Oriana - gritava o peixe. - Dei um salto atrás de uma mosca e caí para fora do rio.
Oriana agarrou no peixe e tornou a pô-lo na água.- Obrigado, muito obrigado - disse o peixe, fazendo muitas mesuras. - Salvaste-me a vida e a vida de um peixe é uma vida deliciosa. Muito obrigado, Oriana. Se precisares de alguma coisa de mim lembra-te que eu estou sempre às tuas ordens.
- Obrigada - disse Oriana -, agora não preciso de nada.
- Lembra-te da minha promessa. Nunca esquecerei que te devo a vida. Pede-me tudo quanto quiseres. Sem ti eu morreria miseravelmente asfixiado entre os trevos e as margaridas. A minha gratidão é eterna.
- Obrigada - disse a fada.
- Boa tarde, Oriana. Agora tenho de me ir embora, mas quando quiseres vem ao rio e chama por mim.E com muitas mesuras o peixe despediu-se da fada.
Oriana ficou a olhar para o peixe, muito divertida, porque era um peixe muito pequenino, mas com um ar muito importante.
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
O despertar da Fada Oriana
.................. À noite, quando todos dormiam, Oriana ia para os prados dançar com as outras fadas. Ou então voava sozinha por cima da floresta e, abrindo as suas asas, ficava parada, suspensa no ar entre a terra e o céu.
À roda da floresta havia campos e montanhas adormecidos e cheios de silêncio. Ao longe viam-se as luzes de uma cidade debruçada sobre o seu rio.
De dia e vista de perto a cidade era escura, feia e triste. Mas à noite a cidade brilhava cheia de luzes verdes, roxas, amarelas, azuis, vermelhas e lilases, como se nela houvesse uma festa.Parecia feita de opalas, de rubis, de brilhantes, de esmeraldas e de safiras.
Passou um Verão, passou um Outono, passou um Inverno. E chegou a Primavera.
E certa manhã de Abril, Oriana acordou ainda mais cedo do que o costume.
Mal o primeiro raio de sol entrou na floresta, ela saiu de dentro do tronco do carvalho onde dormia. Respirou fundo os perfumes da madrugada e fez uns passos de dança. Depois penteou os cabelos com os dedos das mãos a fazerem de pente e lavou a cara com orvalho.- Que manhã tão bonita! - disse ela. - Nunca vi uma manhã tão azul, tão verde, tão fresca e tão doirada.E foi pela floresta fora dançando e dizendo bom-dia às coisas.
Primeiro acordaram as árvores, depois os galos, depois os pássaros, depois as flores, depois os coelhos, depois os veados e as raposas.
A seguir, começaram a acordar os homens.
Então Oriana foi visitar a velha.
À roda da floresta havia campos e montanhas adormecidos e cheios de silêncio. Ao longe viam-se as luzes de uma cidade debruçada sobre o seu rio.
De dia e vista de perto a cidade era escura, feia e triste. Mas à noite a cidade brilhava cheia de luzes verdes, roxas, amarelas, azuis, vermelhas e lilases, como se nela houvesse uma festa.Parecia feita de opalas, de rubis, de brilhantes, de esmeraldas e de safiras.
Passou um Verão, passou um Outono, passou um Inverno. E chegou a Primavera.
E certa manhã de Abril, Oriana acordou ainda mais cedo do que o costume.
Mal o primeiro raio de sol entrou na floresta, ela saiu de dentro do tronco do carvalho onde dormia. Respirou fundo os perfumes da madrugada e fez uns passos de dança. Depois penteou os cabelos com os dedos das mãos a fazerem de pente e lavou a cara com orvalho.- Que manhã tão bonita! - disse ela. - Nunca vi uma manhã tão azul, tão verde, tão fresca e tão doirada.E foi pela floresta fora dançando e dizendo bom-dia às coisas.
Primeiro acordaram as árvores, depois os galos, depois os pássaros, depois as flores, depois os coelhos, depois os veados e as raposas.
A seguir, começaram a acordar os homens.
Então Oriana foi visitar a velha.
sábado, 15 de janeiro de 2011
A Fada Oriana
.......... Era uma vez uma fada chamada Oriana.
Era uma fada boa e era muito bonita. Vivia livre, alegre e feliz dançando nos campos, nos montes, nos bosques, nos jardins e nas praias.
Um dia a Rainha das Fadas chamou-a e disse-lhe:
- Oriana, vem comigo.
E voaram as duas por cima de planícies, lagos e montanhas. Até chegarem a um país onde havia uma grande floresta.
- Oriana - disse a Rainha das Fadas -, entrego-te esta floresta. Todos os homens, animais e plantas que aqui vivem, de hoje em diante, ficam à tua guarda. Tu és a fada desta floresta. Promete-me que nunca a hás-de abandonar.
Oriana disse:
- Prometo.
E daí em diante Oriana ficou a morar na floresta.
De noite dormia dentro do tronco de um carvalho. De manhã acordava muito cedo, acordava ainda antes das flores e dos pássaros.
O seu relógio era o primeiro raio de sol. Porque tinha muito que fazer.
Na floresta todos precisavam dela.
Era ela que prevenia os coelhos e os veados da chegada dos caçadores.
Era ela que regava as flores com orvalho.
Era ela que tomava conta dos onze filhos do moleiro.
Era ela que libertava os pássaros que tinham caído nas ratoeiras.
À noite, quando todos dormiam, Oriana ia para os prados dançar com as outras fadas.
Era uma fada boa e era muito bonita. Vivia livre, alegre e feliz dançando nos campos, nos montes, nos bosques, nos jardins e nas praias.
Um dia a Rainha das Fadas chamou-a e disse-lhe:
- Oriana, vem comigo.
E voaram as duas por cima de planícies, lagos e montanhas. Até chegarem a um país onde havia uma grande floresta.
- Oriana - disse a Rainha das Fadas -, entrego-te esta floresta. Todos os homens, animais e plantas que aqui vivem, de hoje em diante, ficam à tua guarda. Tu és a fada desta floresta. Promete-me que nunca a hás-de abandonar.
Oriana disse:
- Prometo.
E daí em diante Oriana ficou a morar na floresta.
De noite dormia dentro do tronco de um carvalho. De manhã acordava muito cedo, acordava ainda antes das flores e dos pássaros.
O seu relógio era o primeiro raio de sol. Porque tinha muito que fazer.
Na floresta todos precisavam dela.
Era ela que prevenia os coelhos e os veados da chegada dos caçadores.
Era ela que regava as flores com orvalho.
Era ela que tomava conta dos onze filhos do moleiro.
Era ela que libertava os pássaros que tinham caído nas ratoeiras.
À noite, quando todos dormiam, Oriana ia para os prados dançar com as outras fadas.
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